Sabemos dos problemas do mundo. Eles estão na internet, na televisão, em jornais e em conversas. Eles estão bem a nossa frente, eles podem estar bem na nossa pele. Podemos escolher enxerga-los ou ignorá-los. Podemos dizer que está tudo bem, ou que está tudo errado. E mesmo quando chegamos a conclusão que a nossa sociedade ainda tem vários obstáculos para superar, podemos escolher agir ou não.
Mudar o mundo parece ser aquilo que você dizia que iria fazer quando era criança. E aí veio a realidade. A Terra tem cerca de 7,6 bilhões de seres humanos. Você não vai salvar o mundo sozinho. Isso não significa que você não pode contribuir para melhorá-lo.
Existem algumas empresas criadas com esse objetivo: gerar transformação nas comunidades em que estão inseridas.
O que é empreendedorismo social?
Empreendedorismo social é definido pela criação de produtos ou serviços com o foco principal em soluções para problemas socioambientais em uma comunidade. Para o Instituto do Empreendedorismo Social (IES) é um catalisador de mudança que resolver problemas eficazmente. Ele envolve alguns elementos-chave como o uso de táticas de gestão e o desenvolvimento de um modelo de negócios.
O empreendedor social busca colaborar com a comunidade local para conceber soluções em larga escala e de longo prazo, e compartilhando valores com os seus clientes. Ao contrário de uma organização sem fins lucrativos (ONG) um empreendimento social de sucesso faturam o suficiente para se autossustentar pela venda de seu produto ou serviço, sem a necessidade de patrocínios. Enfim, esse negócio compartilha seus lucros para atingir um propósito maior.
Esse processo de iniciativa se insere principalmente nas áreas de educação, moradia de baixo custo, reciclagem e energias alternativas, agricultura, florestas e uso de água, diversidade e multiculturalismo, oportunidades para deficientes, apoio a empreendedores e microcrédito, serviços e direitos humanos.
O exemplo histórico mais clássico de empreendedorismo social, um dos primeiros certamente, e foi fundado por uma mulher no século XIX: Florence Nightingale. Diretora e treinadora de um time de corajosas enfermeiras no Guerra da Crimeia, ele volta para Londres para fundar a primeira escola de enfermagem moderna, da qual ela é considerada mãe, no St. Thomas’ Hospital a partir de um fundo de investimentos de cerca de 20 milhões de reais. Foi ela mesma que disse:
Eu prefiro, dez vezes, morrer na arrebentação, abrindo caminho para mundo novo do que ficar à toa na costa.“
Empático, atuante, planejador, realizador, autoconfiante e perseverante. Se você é despertado por essa frase e se identifica com essas características, então você possivelmente tem empreendedorismo social escrito em algum lugar de seu DNA.
Eu conheço algum empreendimento social?
Muito provavelmente sim.
O Projeto Tamar, que luta pela preservação das tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção no litoral brasileiro desde 1980 é um dos projetos brasileiros mais famosos. A Artemisia é uma organização pioneira em disseminar e fomentar negócios de impacto no Brasil. Fundada a partir da Potência Ventures em 2004, a empresa já acelerou mais de 150 negócios e capacita outros 300 em diferentes idiomas. A Asid é uma ação social que busca unir empresas, voluntários, instituições e pessoas com deficiência para construir uma sociedade inclusiva, que impactou mais de 58 mil pessoas nos últimos anos. O Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP) é uma organização que trabalha parta tornar realidade o sonho de acesso universal à educação pública de qualidade.
E por último, o Desabafo Social, criado por Monique Evelle do desejo de transformar a realidade através de ações estruturadas e intencionais trabalhando na área de direitos humanos de crianças e jovens. Fundada aos 16 anos pela Monique, que está no nosso time de palestrantes para o Outliers, a ação está hoje presente em 22 estados brasileiros e não para de crescer com aqueles que ajuda!
E aí, já desmistificou o Empreendedorismo Social?