- 9 de fev.
- 4 min para ler

O QUE É EMPREENDEDORISMO SOCIAL? Definições, exemplos e benefícios para a sociedade!

Atualizado: 9 de fev.

Empreendedorismo

Ser empreendedor é uma característica pessoal, porém ela tem a capacidade de influenciar todo o ambiente ao seu redor. Isso porque a capacidade de desenvolver soluções, perceber oportunidades e ter iniciativa são as bases de uma pessoa empreendedora. Empreender pode ser começar uma empresa, um projeto, uma ação em algum bairro ou cidade, trabalhando para que essas ideias saiam do papel e se tornem realidade.

Com a expansão da ideia de empreendedorismo, também foram surgindo diversos tipos de empreendedores. Todos os tipos de empreendedorismo possuem ideias e perfis distintos, mas todos eles possuem uma coisa em comum: Levar uma ideia adiante com sentido de desenvolver algum produto ou serviço.

Alguns dos principais tipos de empreendedorismo são:

1. Empresarial: ato de criar o próprio negócio, oferecendo produtos e/ou serviços.

2. Corporativo: ações que buscam a identificação, o desenvolvimento de novas estratégias em negócios já existentes.

3. Feminino: empresas idealizadas e comandadas por mulheres, ou seja, ideias frutos de lideranças femininas.

4. Digital: empresas que são desenvolvidas no meio digital.

5. Social: Serviços ou produtos que geram benefícios para uma parcela da sociedade ou para a população como um todo.

Conheça o empreendedor social Eduardo Lyra!

Claramente existem diversos tipos de empreendedorismo em ascensão no mundo e pelo Brasil. Porém, o empreendedorismo social no Brasil tem ganhado um grande espaço e enfoque pelas mídias nos últimos anos. Isso porque com o aumento da desigualdade social no Brasil, projetos que impactam e transformam socialmente uma ou mais comunidades têm ganhado muita valorização. A ideia do empreendedorismo social é ajudar populações carentes, que não possuem dinheiro ou influência política, isso tudo sem priorizar o retorno financeiro. O lucro ainda é procurado para que as organizações ajudem a população, mas ele não assume o protagonismo nesse caso. No Brasil, existem diversos empreendedores sociais de sucesso, mas o que mais tem chamado atenção é Eduardo Lyra.

Quem é Eduardo Lyra?

Eduardo Lyra, conhecido como Edu Lyra, é um empreendedor social e ativista brasileiro. Nascido em 1988 em uma favela de São Paulo, filho de uma diarista e de um ex-presidiário, ele teve uma infância difícil e teve que lutar muito para mudar sua situação e sempre buscou ajudar toda a comunidade de alguma maneira. Em torno de 2011, Lyra ingressou na faculdade de Jornalismo e durante esse período escreveu um livro Jovens Falcões. Lyra publicou o livro com ajuda de 30 jovens, e vendeu seu livro de porta em porta. Algum tempo depois, seu livro foi relançado por uma editora e com o dinheiro arrecadado foi possível a criação da ONG Gerando Falcões. Hoje, Lyra mora em Nova York e tenta arrecadar fundos para seus projetos.

Transformação social através da tecnologia

O que é a Gerando Falcões?

A ONG Gerando Falcões trata-se de um ecossistema de desenvolvimento social que atua para promover uma transformação dentro das comunidades brasileiras, focada em mudanças e na melhoria da qualidade de vida da população, mudando a pobreza das favelas através de iniciativas transformadoras, capazes de gerar resultados de longo prazo e, para isso, entregar serviços de educação, desenvolvimento econômico e cidadania em favelas, e executar programas de transformação sistêmica, como o Favela 3D.

O Projeto Favela 3D

O Favela 3D é um projeto inovador, único e revolucionário para reestruturar as favelas e promover uma transformação completa, focada na melhoria da qualidade de vida de seus moradores e mandar a pobreza pro espaço. É proposta uma transformação das favelas em ambientes 3D (Dignos, Digitais e Desenvolvidos).

O objetivo do Favela 3D é transformar as favelas como conhecemos, símbolos de pobreza e de afastamento social, em “peças de museu” por meio de ações em urbanismo, moradia, geração de renda, cidadania de paz, saúde, esporte e lazer.

Unindo governo, empresários e sociedade civil da localidade, o Favela 3D busca levar programas que construam moradia com placas de energia solar, praças com Wi-Fi, espaços de cultura e lazer, estruturas de capacitação profissional, atendimento de saúde e outras intervenções urbanas. Entre seus parceiros estão American Tower, Accenture, Amazon, Banco Votorantim, iFood e Fundação Lehmann.

“Temos a expectativa de criar uma favela digital. É um dos grandes desafios que temos, pois é uma estratégia de cidadania digital. Fazemos uso de dados com monitoramento da pobreza e vulnerabilidade das famílias por meio de dados, e temos a solução de cidadania digital que parte para alfabetização social digital das famílias que ali vivem, até que a favela esteja plenamente conectada. E os empreendedores na favela usam as melhores tecnologias para gerar renda por apps e outras plataforma”, explicou Eduardo.

Moradia digna e urbanismo social

A partir da realidade de cada comunidade, serão criados um conjunto de intervenções urbanas integradas com o território e o conceito de convivência, realizadas com participação social, que visam o desenvolvimento humano integral e a promoção da cidadania. Tecnologias inovadoras em equipamentos, moradia e estrutura comunitária transformarão as favelas em espaços dignos para os moradores.

Geração de renda e desenvolvimento socioemocional

Para impulsionar a geração de renda dos moradores, serão promovidos projetos voltados ao empreendedorismo, qualificação profissional e empregabilidade, levando em consideração os potenciais e vocações locais. Em seis meses de intervenção, veremos o primeiro impulso de renda na favela.

Desenvolvimento social

Soluções de acesso à saúde, cidadania e cultura de paz, direito à educação, primeira infância, autonomia da mulher, cultura, esporte e lazer serão articuladas para romper o ciclo de pobreza nas favelas. O plano de decolagem familiar alinha as soluções para que cada família receba as soluções de acordo com seu perfil e necessidades. A mandala de soluções tem como foco as pessoas, construindo uma participação efetiva dos moradores e a sustentabilidade da transformação a longo prazo.