Ecossistema Empreendedor (ou de Inovação) é o ambiente, formado pelos mais diversos stakeholders em processo dinâmico, no qual o conhecimento é acumulado por meio do aprendizado e da interação. Aqui, iniciativas de apoio ao empreendedorismo são tomadas, necessariamente, em rede.
Não tem nada haver com biologia, mas parte-se do pressuposto de que, assim como acontece entre as espécies, no empreendedorismo também precisa-se do outro para sobreviver. O meio ambiente do Ecossistema Empreendedor é composto por empresas, governo, instituições de pesquisa e ensino, incubadoras, aceleradoras, associações de classe e prestadores de serviço e, claro, empreendedores.

Adivinhe qual é o maior exemplo da importância do ambiente para o fomento do empreendedorismo?
Exatamente: o Vale do Silício, nos Estados Unidos. A região concentra, em suas proximidades, as maiores universidades do mundo, além dos diversos incentivos recebidos, ao longo dos anos, para o desenvolvimento tecnológico por meio de investidores e também com os avanços na infraestrutura local.
Tudo isso resultou em um ecossistema maduro e eficiente, a região concentra hoje diversos investidores, aceleradoras, incubadoras, organismos de fomento ao empreendedorismo, bem como jovens e consolidadas startups, como Google, Altera, Facebook, Yahoo, Microsoft, entre outras.
Então, se todo mundo já viu que esse tipo de ambiência propicia o desenvolvimento, porque é tão difícil colocá-lo em prática em outras regiões?
Comecemos pelo básico:
Fundamentalmente, ele é sustentado por 3 pilares:
Empreendedores: são os inconformados com o status atual e que desejam solucionar um problema;
Conhecimento: é a informação necessária para que os empreendedores consigam manusear/fabricar as ferramentas para solucionar os problemas;
Investidores: são os responsáveis pelo capital necessário para transformar a ideia na prática e elevar o negócio para um nível maior.
A principal dificuldade para unir os três pilares em um único ambiente é a necessidade de uma atuação conjunta da sociedade. E é aqui que falamos de Brasil.
Precisamos de pessoas que não se acomodem e queiram solucionar problemas.
Em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, a cultura do empreendedorismo e do compartilhamento já está se estabelecendo. Como prova, temos o Campus São Paulo (Google) e o Cubo (Itaú).
As escolas e universidades precisam instigar seus jovens com conhecimento e o resultado disso, serão maiores interessados em investir nessas soluções.
Já temos núcleos de empreendedorismo em algumas cidades, e o impacto que estes são capazes de ter dentro da comunidade em que atuam é gigantesco.
Pegue o exemplo de Santa Maria: a cidade tem mais de 3 universidades, população com renda estável e, cada vez mais, através de projetos como, por exemplo, a incubadora AGGITEC, a aceleradora STARS, e a própria Liga i9, o empreendedorismo abre caminho para o desenvolvimento e a inovação.
A importância de pertencer a um ecossistema empreendedor
Desenvolver uma comunidade é um trabalho em equipe, realizado por toda uma sociedade que deve estar em constante colaboração para o desenvolvimento de soluções inovadoras e projetos de impacto.
Se o Brasil pretende ser uma das maiores economias do mundo, é necessária a evolução local da economia do conhecimento - e do compartilhamento do mesmo.