Fintech é o termo dado às inovações tecnológicas empregues pelo setor financeiro para a entrega de seus serviços. Em outras palavras, esqueça as longas filas de espera, conversas intermináveis com o gerente, horas analisando gráficos tentando enxergar o seu lucro no meio de taxas. Empresas apostam em desburocratização e agilidade na oferta de serviços como empréstimos, investimentos, seguros, etc.
Mas, não se engane, as fintechs vão muito além dos bancos. Na verdade, pouco tem haver com eles: são empresas privadas que, pelo uso intensivo de tecnologia (e, em muitos casos, apenas ela) para entrega de serviços do setor financeiro, conseguem reduzir custos e entregar produtos de maior qualidade por um preço mais acessível. É a velha regra do custo, lucro e receita.
No Brasil, as fintechs tem ganhado espaço nos últimos anos. Empresas como Warren, Nexoos, Uber.me e Startmeup estão crescendo no mercado. Inclusive, o terceiro unicórnio brasileiro, a Nubank, é um ótimo exemplo desse estilo de empresa e desse desenvolvimento excepcional. A startup oferece um cartão de crédito administrado pelo usuário, por meio de um aplicativo, pelo qual o cliente tem controle sobre todas (sim, todas) as suas operações. Além da interface amigável e com informações claras, o cartão não tem tarifas e cobra taxas de juros abaixo do mercado.
Como? Simples: essas empresas investem em eficiência para manter a estrutura enxuta e, portanto, mais barata. Diferente dos bancos, que precisam manter seu aparato, essas startups apostam exatamente no contrário. E, até onde se pode mensurar, está dando certo. Claro que, precisamos lembrar, fintechs não são bancos e, por mais que sejam parecidos, não tem o mesmo propósito, por isso suas comparações devem ser feitas com cuidado.
Estima-se que as fintechs vão ser responsáveis por 20% dos lucros do mercado financeiro global – e aqui, nós estamos falando em bilhões de dólares. Ou seja, os consumidores dessas tecnologias financeiras estão satisfeitos com seu desempenho. Essas startups apostam muito na experiência do cliente: buscam a praticidade e a agilidade das transações, além do atendimento (de fato) ao cliente, digitalizando todas as etapas do processo. A própria internet é grande aliada dessas empresas, uma vez que essas disponibilizam suas plataformas online, além dos aplicativos.
Aí se faz a pergunta: as fintechs constituem uma ameaça aos bancos? Por mais inovadoras que possam ser, a resposta, por enquanto, ainda é não. Conforme dito anteriormente, bancos e fintechs diferem em alguns pontos, mas são complementares. As startups necessitam dos bancos por causa, principalmente, da forte regulamentação do mercado; e os bancos necessitam dessas empresas pelas propostas inovadoras de serviços que elas oferecem.
Hoje, há um movimento de aproximação entre as instituições e as startups. Grandes corporações financeiras já apostam em espaços e programas para o desenvolvimento dessas tecnologias, que vem a agregar ao produto de ambas as empresas – dinheiro. Fomentar o mercado financeiro e impulsionar a implementação dessas fintechssó tem a acrescentar, tanto para clientes quanto para empresas, que são atraídos pela perspectiva de crescimento pessoal e, por conseguinte, organizacional.