A alimentação é uma ação essencial para nós seres humanos. Sendo assim, pensar em trabalhar com alimentação foi sempre uma das opções viáveis para se investir. Por este caminho, se cruzam histórias de muito sucesso e outras que tem de tudo para serem bem sucedidas. Uma dessas é da MEI Nicolle Biruel, dona de uma micro empresa de confeitaria artesanal, a Cozyni.

Nicolle Biruel
Fonte: Arquivo pessoal

Cozyni faz sua estreia fora da Universidade na feira de brechós, dia 11/12/22
Fonte: Arquivo pessoal
No conteúdo de hoje, faremos um pouco diferente: Compartilharemos aqui a entrevista que fizemos com esta micro empreendedora sobre sua nova jornada no empreendedorismo.
1) O ramo alimentício tem mais circulação que o têxtil, por exemplo, porque as pessoas precisam comer todos os dias, mas não precisam comprar roupas todos os dias. Que vantagens e desvantagens isso gera para o ramo e para o próprio empreendedor?
“As vantagens é que sempre tem demanda, então abre a possibilidade de você trabalhar com uma grande variedade de produtos em um curto período de tempo, e como desvantagem eu diria que por ser um produto perecível é preciso ter bastante cuidado e analisar o mercado para que a gente não tenha prejuízo na produção.”
2) A burocracia é maior por se tratar de produto perecível?
“Eu não diria burocracia, mas sim desafio, isso porque quando você trabalha com um produto perecível você precisa garantir a qualidade e integridade do produto desde a produção até chegar no cliente e muitas vezes não temos o controle de alguns fatores que podem acontecer no meio do caminho, como por exemplo um problema com algum dos ingredientes e ele comprometer toda a sua produção, então acho que os desafios acabam sendo maiores nesse sentido.”
3) Quais são as maiores dificuldades enfrentadas nesse ramo?
“Bom, embora eu tenha contato com a culinária há muito tempo, estou começando agora a empreender no setor; as minhas maiores dificuldades tem sido ver o que não deu certo e tentar de uma maneira diferente, e não desistir… Mas acho que tenho me saído bem nisso!”
4) Como é a questão da concorrência?
“Como em qualquer ramo ela existe, mas busco sempre ter o meu diferencial oferecendo produtos únicos e de qualidade, além de um bom atendimento.”
5) É importante fidelizar o cliente?
“Muito, até porque você vai ganhando reconhecimento no mercado, os seus clientes vão te indicando para outras pessoas e assim você consegue aumentar sua cartela de clientes, sem contar que é muito gratificante ter um cliente que sempre faz um pedido com você, demonstra que gosta do que você faz.”
6) Durante a pandemia, você já planejava entrar no ramo do empreendimento alimentício? Percebeu que essa área cresceu durante o período?
“Desde quando eu era adolescente, eu sempre tive aquela vontade de ter o meu próprio negócio e sempre gostei de cozinhar, mas foi durante a pandemia que eu tive a famosa ‘virada de chave’ e vi que realmente era possível e que eu tinha capacidade pra isso, mas ainda demorou um pouquinho pra que eu de fato começasse a empreender, comecei a pesquisar e estudar sobre a área e foi uma área que cresceu muito durante a pandemia e acho que isso que me deu mais coragem pra começar, também tive o apoio dos meus amigos e da i9, foi muito e está sendo muito importante pra mim nesse início.”
7) Como é a sua rotina de trabalho?
“Eu tento adaptar ela de acordo com a minha rotina na faculdade, algumas semanas estão mais tranquilas outras mais na correria, mas no geral eu escolho qual vai ser a receita que vou fazer naquela semana, faço um check list dos ingredientes, se for necessário, faço compras, depois eu crio o post e abro para encomendas e entregas.”
8) Como foi estruturado o plano de negócios?
“Ele ainda está em fase de construção, mas eu pesquisei bastante sobre a área, principalmente a parte de gestão, precificação e tenho adaptado para a minha realidade.”
Nesta breve entrevista, podemos ver que criar um negócio realmente é uma tarefa árdua, exige construção de plano de negócios para termos mais eficiência, atenção às burocracias, cuidado com os clientes e com o produto, principalmente alimentício, que é perecível, todavia, independente do negócio, quando é feito com o coração e com força de vontade, qualquer barreira pode ser superada.
Nicolle Biruel é um exemplo de uma jovem que acreditou na sua capacidade e no seu talento para realizar um sonho, que a cada dia dá um passinho além. A Liga i9 tem orgulho da sua integrante!
Desenvolver, Impactar e I9var é nosso lema. A Liga está aqui para apoiar o ecossistema inovador desde os seus próprios membros.


Doces da Cozyni
Fonte: Arquivo pessoal
Escrito e revisado por: Isabel dos Santos Rita e Vinícius Garcez Carvalho