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Como o coronavírus está influenciando diversas empresas?


Para maioria dos negócios, crises significam retração econômica. Visto às últimas semanas, já se tornou evidente que o mundo pós-Covid-19 não será o mesmo: todos os dias, negócios estão buscando por novas formas para se reinventar, líderes estão desenvolvendo novas habilidades. Hoje, vamos refletir sobre como o mercado está sendo transformado pelo distanciamento social, e incertezas?


Novas velhas empresas


Todo dia, a pandemia do Covid-19 força empresas a reimaginar seu modelo de negócio. Com o distanciamento social sendo encorajado por governos e organizações da saúde, medidas como o trabalho à distância começaram a ser inseridas nas realidades de muitas empresas que do contrário levariam anos para aplicá-las. Muitas pessoas estão tendo que trabalhar de casa estão tendo que trabalhar em casa. Não só uma questão de onde trabalhar o coronavírus coloca em questionamento o que as pessoas fazem e como elas fazem.


Um artigo publicado na Harvard Business Review, fala sobre como empresas estão quebrando e reorganizando postos de trabalho em tarefas, formando times de resposta fora da sua estrutura hierárquica; dando novas funções para empregados que se encontraram de repente sem tarefas e facilitando o trabalho à distância. Nele também, se nota como o grau de automação aumentou em algumas indústrias, a fim de proteger seus trabalhadores e como empresas com dificuldade de funcionar estão emprestando colaboradores à outras que tem demanda de talentos nesse momento, como supermercados, farmácias e alguns setores da indústria.


Ao redor do mundo, fábricas de diversos setores pararam sua produção para produzir máscaras, álcool gel e ventiladores. Seja grandes marcas da moda, grandes marcas de carro, grandes marcas de tecnologia ou empresas menores e iniciativas locais, o mundo parou para suprir a necessidade desses itens. Uma matéria da Vox traz bastante informações sobre o assunto.


Há alguns dias atrás, estava assistindo um vídeo em que Simon Sinek afirma não estamos em uma era sem precedentes. O mercado já viveu muitas crises, e muitos eventos que trouxeram várias empresas à ruínas, não pelas próprias crises, mas por se recusarem a se reinventar. É o famoso caso da Blockbuster versus a Netflix, de taxistas versus o Uber, da invenção da Internet - mais repentino, mas não sem precedentes. Agora é a hora de se reinventar.



O e-commerce é um fenômeno mundial que está aqui para ficar, afinal foi em um momento de crise que o maior e-commerce do mundo surgiu, o Taobao. O mesmo pode ser dito acerca de serviços de streaming, redes sociais e a inteligência artificial. No primeiro semestre do ano, a Netflix conseguiu quase 16 milhões de novos assinantes (mais que o dobro que esperava), e o blog da The Economist afirma que o fim das guerras de streaming pode estar mais próximo do que imaginávamos, beneficiando a plataforma. No Brasil, o varejo (que é ainda bastante tradicional) teve um crescimento desenfreado online, alavancando pelo estado de lockdown: setores que tinha resultados muito bons com loja física foram de repente levados às lojas online - com isso, produtos que nem se via antes na internet brasileira, começaram a surgir. Estima-se que o crescimento que o mercado online teria no Brasil em 10 anos, será realizado em 1. A revista Exame refletiu sobre esta grande e repentina corrida sendo travada na web aqui.


O lado humano dos negócios


O coronavírus não está só fazendo muitas empresas mudarem, como está tornando elas mais conscientes. Ao contrário de outros tantos momentos de crise, em que a primeira ação de um negócio seria garantir a sua sobrevivência econômica, o que se vê é uma grande preocupação com a saúde mental e psicológica com seus trabalhadores. Nem sempre será possível manter todos os trabalhadores, no entanto isso não apaga o fato que nunca tantas empresas se esforçaram ao máximo para manter empregos e redirecionar pessoas.Empresários de um mesmo setor estão trabalhando juntos em busca de soluções, enquanto grandes empresas realizam doações para hospitais e pesquisas, e também criam fundos para ajudar pequenos empresários.


Nos últimos dias, a iniciativa da Magazine Luiza em parceria com o Sebrae rodou as notícias. A plataforma, chamada Parceiro Magalu, tem com o intuito digitalizar as operações de pequenos empresários do varejo que não estão conseguindo realizar suas operações em loja física, integrando-as ao marketplace da companhia (mais informações aqui). Outra empresa a fechar parceria com a instituição, é a Caixa, com o objetivo de facilitar o acesso à crédito de microempreendedores individuais, a fim de reduzir o impacto da pandemia (mais informações aqui).



Iniciativas educacionais se propagaram por empresas, com diversos objetivos: desde fornecer cursos gratuitos para pessoas que se viram confinadas aos seus lares, até promover reflexões sobre como agir nesse momentos e buscar por soluções em conjunto. Desde o Senai, a Udemy e o IFRS, plataformas com cursos até empresas como a StartSe, que desenvolveu um programa de capacitação para empreendedores, gestores e profissionais para reduzir os impactos da crise, o ReStartSe.


Na outra ponta da corda, empresas como a Microsoft estão se posicionando pela primeira vez a favor do compartilhamento de dados, pretendendo lançar grupos de big data até 2022, abrindo algumas de suas informações, inclusive sobre o coronavírus. Não somente ela, mas muitos governos perceberam a necessidade de “abrir o jogo” entre países afetados pela doença a fim de buscar um tratamento. Nas palavras de Mark Zuckerberg: “O mundo encarou pandemias antes, mas dessa vez temos um superpoder: a habilidade de reunir e compartilhar dados para o bem.” Leia mais aqui.


Tudo isso me leva a pensar, seria o mundo pós-Covid-19 um mundo de flexibilização da atividade econômica das empresas? Talvez, este seja um momento de humanização do trabalho, e o futuro que nos aguarda é um mercado baseado na cooperação entre empresas. Parece uma ideia absurda, não é mesmo? Ano passado, eu nunca teria considerado nada disso. Certamente, não sei a resposta para essas questões, mas peço a todos para parar e imaginar o futuro por um momento.


Como ele se parece para você?


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